Lá está você com o tão esperado “positivo” nas mãos. Algumas vezes, ele não é tão esperado assim e já traz uma série de sentimentos contraditório, dúvidas e medo. Logo percebe-se que a gravidez tem seus percalços e nem sempre a mulher sente-se plena e realizada, como prometido. Uma enxurrada de hormônios toma conta e, por vezes, é difícil
lidar com todos os sentimentos ambíguos que invadem.
Somos levados a preparar o quartinho e comprar um número infinito de apetrechos de bebê que, até então, não se fazia ideia que existia. Provavelmente, você ouvirá que se sentirá a mulher mais feliz e realizada do mundo quando
tiver seu filho nos braços.
Dificilmente alguém contará que sobre as dificuldades que podem surgir nos primeiros meses, sem fazer terrorismo.
E quando nasce o bebê, a mulher se vê sozinha e desamparada. Tendo que lidar com um bebê que chora, com as possíveis dificuldades na amamentação, com as alterações hormonais e com todos os pitacos e palpites. Até o porteiro do prédio tem algo a dizer sobre o bebê e, na maioria das vezes, todos esses palpites só deixam a mulher ainda mais insegura e confusa.
O bebê não vem com manual de instruções e pode ser complicado, inicialmente, entender suas manifestações. Nem a mãe mais sagaz, expert em maternidade, consegue decifrando todos os choros do seu bebê logo de início.
A chegada de um filho é um momento que requer adaptação, apoio e cuidado. É importante preparar-se para esse momento com todo cuidado e atenção necessário. Arrumar o ninho está para além de decorar o quartinho e comprar um enxoval bonito e completo. É preciso pensar nos detalhes que farão a diferença, como quem estará ao seu lado dando colo e carinho a você.
Para te ajudar a pensar em formas de se preparar para esse momento, trarei algumas dicas que podem te ajudar a ter um puerpério mais leve.
1) Participe de grupo de apoio para gestantes e leve seu companheiro (a), mãe, sogra e quem mais se interessar em estar junto.
2) Invista numa rede de apoio que possa acolher, cuidar e olhar para você e seu bebê.
3) Deixe anotado num caderninho o telefone de alguns profissionais de saúde e consultoras de amamentação a quem você possa recorrer, caso seja necessário. Se possível, conheça os profissionais antes para saber se eles estão alinhados com seu desejo.
4) Procure estar com outras mães para trocar experiência, ouvir e falar. Não esteja só. Encontre sua tribo.
5) Não se cobre tanto. Seu bebê acabou de nascer e vocês estão se conhecendo. É um momento de adaptação que requer calma e paciência.
E por fim, seja uma mãe possível. Não ultrapasse seus limites, nem negligencie suas necessidades. Haverá dias turbulentos, mas que poderão ser partilhados com quem estiver ao seu lado. Ninguém é forte o tempo todo, nem precisa seguir sozinha.
Vamos juntas?
2 respostas
Adorei o post!
Muito obrigada!