O puerpério é um período muito delicado e por isso há um risco maior da mulher desenvolver um transtorno de ansiedade, ou ter um aumento dos sintomas, após a chegada do bebê.
Estudos já mostraram que o índice de transtorno de ansiedade generalizada (TAG) é mais elevado nas mulheres que tiveram bebê recentemente que nas demais mulheres da população em geral. Pesquisas também apontam que de 10 a 50% dessas mulheres apresentaram sintomas depressivos associado ao quadro de ansiedade.
Muitas puérperas diagnosticadas com TAG sentiam um medo excessivo de que seu filho morresse. Por isso, elas se mantinham em constante vigilância e se levantavam várias vezes durante à noite para checar se o bebê estava respirando. Esse comportamento as levava a um quadro de exaustão devido a privação de sono.
Outras demostravam uma preocupação excessiva com a saúde e segurança do seu filho. Ao menor sinal, elas os levavam a médicos e/ou emergências pediátricas. Mesmo após saber que seu bebê está bem, elas não conseguiam se sentir “tranquilas”. Essas puérperas continuavam sempre alertas e vigilantes.
Também é comum que as recém-mães, que apresentam um transtorno de ansiedade, tenham dificuldade de deixar seu bebê sob cuidados de outra pessoa, pois acreditam que eles só estarão verdadeiramente seguros em sua companhia.
Há evidências de que quadros de ansiedade severa podem levar a efeitos patológicos na criança, devido a excessiva insegurança na mãe.
Se você se sente assim, procure ajuda! Cuide da sua saúde mental!
E se você já teve um transtorno de ansiedade, conta como foi passar por isso!
Até!
Leticia Amadeu
Psicóloga
CRP.: 05/37891